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A exposição abre, de 12 de setembro a 20 de dezembro de 2024,

um novo diálogo com a obra e o compromisso de Frans Krajcberg, movido pela esperança de uma (re)conexão com o Viver.

Não podemos viver sem a floresta, a terra, o ar, os planetas... para os Huni Kuin, o termo “yuxi” designa a parte da magia e da espiritualidade que emana das palavras, dos gestos ou das criações e que liga os seres à Natureza.

 

Com a exposição "YUXI NUKUKUNAI, O Encontro de Almas", a curadora e artista Kássia (Borges) Mytara destaca a evolução do coletivo MAHKU (Movimento Artístico Huni Kuin), desde seus primeiros desenhos em 2012-2013, desenvolvidos com perspectiva educacional, até o reconhecimento institucional e internacional da arte MAHKU menos de dez anos depois: exposições com a Fundação Cartier na França, no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na 35ª Bienal de São Paulo, ou, mais recentemente, na a 60ª Bienal de Veneza...

 

Como é que o recurso à pintura permitiu a estes artistas salvaguardar a sua cultura, até então oral, garantindo a sua transmissão, mas também tornando-se porta-vozes, a nível internacional, da mensagem espiritual do seu povo, profundamente ligada à Natureza e à Cura?

 

Kássia B. Mytara traz para o coletivo uma perspectiva feminina e feminista, que aqui dialoga com seu próprio trabalho como ceramista. Esposa do xamã Ibã, fundador do coletivo MAHKU, “mãe” dos demais integrantes, artista reconhecida desde a década de 1980... tem papel fundamental dentro do grupo. Focada na “cura”, na cura, sua pesquisa pessoal e a do coletivo se unem na exposição.

 

O trabalho de MAHKU, e em certa medida de Kássia B Mytara, baseando-se na transfiguração em pintura de canções tradicionais Huni Kuin, nascidas de visões provocadas durante as cerimônias espirituais do nixi pae, (ayahuasca), o som é central em sua abordagem . É por isso que a exposição é acompanhada por uma “canção de cura” e sonoplastia que transportam o público para o coração da floresta.

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Kássia (Borges) Mytara é artista visual, pesquisadora, professora, curadora e ativista Karajá. A sua investigação artística centra-se na indigenidade e sua resistência, nas mulheres, na genealogia e na cura. Utilizando principalmente o meio argila na sua prática, integra também o colectivo MAHKU - Movimento Dos Artistas Huni Kuin, que traduz em pintura as canções tradicionais do povo Huni Kuin, nascidas das visões provocadas durante cerimônias espirituais nixi pae (ou ayahuasca). No coletivo e em sua própria prática, a artista trabalha sua relação íntima com a natureza e coloca a mulher no centro dos mitos indígenas.

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