Menos conhecido do que a sua obra esculpida, Frans Krajcberg realizou uma importante obra de pintura e criação em cerâmica. Primeiro ele pinta a natureza que o rodeia, além de integrar o atelier de Osir Arte, onde executa os azulejos encomendados a Portinari para as grandes realizações arquitetônicas do Modernismo.

 

A pintura já lhe permite de trabalhar em estreita comunhão com a natureza. Sua produção de cerâmica e suas primeiras pinturas foram destruídas no incêndio de sua oficina no Paraná em 1955. Nos anos 1956/1958, imerso na mata virgem do sul de São Paulo, ele produziu uma série de paisagens abstratas, as Samambaias, que lembram o Paraná. Sobre um fundo de tons azuis, ele trabalha em redes lineares, realçadas com terra, que evocam uma densidade vegetal atravessada pela luz. Em 1957, com essa série, ele ganha o prêmio de melhor pintor brasileiro na Bienal de São Paulo, que reconheceu Frans Weissmann como o melhor escultor.

 

No final dos anos 1950, intoxicado pelos fluidos da terebintina, prefere um trabalho mais “direto”, fora do quadro restritivo da tela. Colagens, gravuras, impressões, montagens, esculturas ... aos poucos o levam a outras formas, mais livres, mais violentas também ...